Vamos imaginar que aconteceu alguma coisa que lhe desestabilizou, lhe deixou mal emocionalmente e isso se arrastou por dias ou até lhe deixou doente. Como lidar com as emoções negativas quando surgem para não sucumbir?
- Não fuja da dor. Nos habituamos a fugir da dor, evitando conversar com a pessoa que nos feriu, mergulhando no trabalho, usando sedativos, bebidas alcoólicas ou comendo compulsivamente… Isso não resolve o problema e ainda enfraquece o seu emocional. No futuro, essa falta de resiliência emocional pode ser um dos fatores que vai compor um possível transtorno mental.
- Reconheça quais são as emoções presentes. O que você sente? Tristeza, Raiva, Medo, Nojo, Culpa…?
Onde no corpo ela se manifesta? No peito, na barriga, no pescoço… ?
Exemplo: eu estou triste e com raiva porque fui traída por fulano e eu sinto isso no meu peito e no estimado.
Reconhecer que dói, onde dói, como dói, e porque dói é o primeiro passo do entendimento e controle das emoções.
- Aceite sem julgamentos o que você está sentindo. Não se culpe por sentir assim. As emoções não são boas, nem ruins. Elas fazem parte de nós e são sinalizadores importantes do nosso corpo para que possamos tomar providências quando algo está em desequilíbrio. Aceitar não é concordar com o que aconteceu, é entender aquilo que você não pode mudar. É também acolher a sua dor, o seu sofrimento sem julgamento.
- Reconheça os pensamentos automáticos que estão chegando por causa desta dor. Tente fazer um exercício de olhar de fora, o que você está pensando, e perceba que seus pensamentos não são você (sua identidade), eles são só pensamentos, que vem e vão, e que inclusive você consegue deixá-los ir, ao invés de ficar ruminando. Pode modificá-los para que se tornem pensamentos menos catastróficos e mais realistas, por exemplo, ou pode contá-los à sua Psicóloga para vocês trabalharem neles juntos.
- Autoconhecimento: se aquele evento lhe causou dor e sofrimento, provavelmente ele violou algum valor seu. Que valor foi esse? Busque conhecer os seus valores para identificar quando eles forem violados, e também para você deixar claro pra você e para os outros aquilo que é importante e inegociável pra você.
- Ação comprometida: implica em aceitar aquilo que você não pode mudar e se comprometer com as ações que dependem de você. É não focar na dor do passado, nem nas preocupações a respeito do futuro e se ocupar em fazer tudo aquilo que é necessário no momento presente. Isso vai exigir de você autoconhecimento, clareza da situação, foco e coragem para fazer o que é preciso.
- Comunicação assertiva e resolução de problemas: Alguém está lhe causando dor? Você precisará desenvolver essas duas habilidades para conseguir se comunicar com clareza, assertividade e resolver todas as arestas para que o problema não persista e inclusive para que ele não cresça. Às vezes é preciso dizer “adeus” inclusive.
Todas essas atividades você pode fazer sozinha em casa, com seu caderno de autoconhecimento, mas são atividades de terapia, onde além de ser acolhida e ouvida, você fará diversas atividades até que desenvolva essas habilidades.
Você dispõe no seu organismo de dois reguladores emocionais mais potentes que existem. São eles: o Sono natural (no período noturno) e o Exercício Físico.
Será muito difícil você conseguir regulação emocional sem boas qualidade de sono e sem os hormônios que são produzidos durante o exercício, justamente por lhe oferecerem condições de regulação.
Então, lembre-se dessa primeira ação comprometida com você mesma: se colocar na agenda para fazer essas duas ações todos os dias.
Psicólogo, psiquiatra, remédio não conseguirão suprir essa parte que é sua responsabilidade, somente sua. Combinado?
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